Especial: Filmografia Audrey Hepburn

Seguindo o post sobre a biografia da linda da Hepburn, segue abaixo os principais trailers dos filmes de Audrey Hepburn. Para ver os trailers, clique em cima do nome do filme. Aproveitem!!!

FILMES ANTES DA FAMA

DUTCH IN SEVEN LESSONS | 1948DUTCH IN SEVEN LESSONS

Sinopse:
Dutch in Seven Lessons é um filme produzido na Holanda em 1948 . O filme é notável, uma vez que foi o primeiro filme em que Audrey Hepburn apareceu, ela tem um papel pequeno como uma comissária de bordo .Embora às vezes listados na filmografias Hepburn como um curta-metragem, de fato, o Internet Movie Database listas de seu tempo de execução como 79 minutos. O filme foi reduzido para 39 minutos para a liberação Inglês.

MONTE CARLO BABY | 195110880014_gal

Sinopse:
Quando uma epidemia de sarampo obriga o fechamento temporário de um centro de acolhimento de crianças, o filho de uma estrela de cinema é entregue a uma outra pessoa por engano.

LAUGHTER IN PARADISE | 1951LAUHTER IN PARADISE

Sinopse:
Um milionário morre, e deixa a sua fortuna para seus quatro herdeiros. Mas, para que eles possam usufruir do dinheiro, terão que executar, cada um, suas instruções.

ONE WILD OAT | 1951 (Filme completo no Youtube)

Sinopse:
Um advogado tenta separar sua filha de seu namorado Alfred Gilbey, e para isso ONE WILD OATrevela seu passado. O tiro sai pela culatra quando seu genro ameaça revelar o passado do advogado.

Curiosidades – De acordo com algumas fontes, o papel de Audrey originalmente era maior, mas os censores cortaram a maior parte das cenas.

THE LAVENDER HILL MOB | 1951OTHE LAVENDER HILL MOB

Sinopse:
Após roubar dinheiro do banco onde trabalhava, Henry Holland (Alan Guinness) foge para o Rio de Janeiro.

Curiosidades – Audrey Hepburn foi considerada para um papel maior, mas não tinha muito tempo disponível. Ficou com uma participação apenas.

YOUNG WIVE’S TALE | 1951YOUNG WIVE'S TALE

Sinopse:
A crise habitacional no pós guerra faz com que uma jovem e tímida mulher tenha que dividir a casa com dois casais. Situações cômicas surgem quando a hóspede se apaixona por um dos maridos.

THE SECRET PEOPLE | 1952

Sinopse: THE SECRET PEOPLE
Em 1930, Mary e sua irmã Nora Brentano (Audrey Hepburn) fogem para Londres, após seu pai ser assassinado por um ditador. Sete anos depois, durante uma viagem de fim de semana para Paris, Mary encontra Louis, seu ex-amante que agora planeja o assassinato do ditador. Ela e sua irmã se envolvem na trama, mas o plano dá errado quando uma bomba relógio explode acidentalmente, matando um inocente.

FILMOGRAFIA E FAMA MUNDIAL

ROMAN HOLIDAY (A PRINCESA E O PLEBEU) | 1953ROMAN HOLIDAY

Sinopse:
Ao visitar Roma, Ann (Audrey Hepburn), uma princesa, resolve “passear” anonimamente e se envolve com Joe Bradley (Gregory Peck), um repórter que, ao reconhecê-la, tem a oportunidade de um “furo”,posteriormente, se apaixona pela jovem e resolve preservá-la.

SABRINA | 1954

Sinopse:images
Dois irmãos pertencentes a uma poderosa família, Linus (Humphrey Bogart) empresário incansável e David (William Holden) um playboy incorrigível, apaixonam-se por Sabrina (Audrey Hepburn), a filha do motorista da família Larrabee, quando ela retorna à mansão dos Larrabee, após passar dois anos em Paris.
A moça sempre fora apaixonada pelo playboy, mas se eles casarem, uma poderosa fusão ficaria prejudicada. Assim, o irmão empresário decide intervir e também acaba se apaixonando por ela.

WAR AND PEACE | 1956WAR AND PEACE

Sinopse:
Durante a invasão do exército de Napoleão à Rússia, a doce Natasha (Audrey Hepburn) se apaixona pelo conde Pierre Bezukhov (Henry Fonda), mas este se vê à mercê de um casamento de obrigações com a voluptuosa Helene (Anita Ekberg). Voltando do front, Andrei (Mel Ferrer), amigo de Pierre, recupera a alegria de viver ao se apaixonar por Natasha. Baseado no clássico romance homônimo de Leon Tolstoy.

FUNNY FACE (CINDERELA EM PARIS) | 1957FUNNY FACE

Um famoso fotógrafo de modas, Dick Avery (Fred Astaire), trabalha para a Quality Magazine, uma conceituada revista feminina. Dick cumpre as determinações da editora da revista, Maggie Prescott (Kay Thompson), que não está satisfeita com os últimos resultados e tenta encontrar um “novo rosto”. Dick o acha em Jo Stockton (Audrey Hepburn), uma balconista de uma livraria no Greenwich Village onde um ensaio fotográfico ocorrera recentemente. Após certa resistência, Maggie aceita Jo como a modelo que irá à Paris para fotografar e ser o símbolo da Quality. Jo só concorda pois lá poderá conhecer Emile Flostre (Michel Auclair), um intelectual cujas idéias ela idolatra. Entretanto, ao chegarem em Paris as coisas não correm como o planejado.

FLOVE IN THE AFTERNOON | 1957FLOVE IN THE AFTERNOON

Sinopse:
Ariane (Audrey Hepburn) é a jovem e bela filha de um detetive particular (Maurice Chevalier) que investiga casos de adultério. Durante uma das investigações de seu pai, ela se apaixona por um “casanova”. Para conquistá-lo, Ariane se faz passar por uma mulher experiente, responsável por várias conquistas e que só pode marcar encontros amorosos no período da tarde.

GREEN MANSIONS | 1959GREEN MANSIONS

Sinopse:
Green Mansions (no Brasil, A flor que não morreu) é um um filme norte-americano de 1959, dos gêneros romance e aventura dirigido por Mel Ferrer. Baseado no romance de 1904 Green Mansions de William Henry Hudson, o filme é estrelado por Audrey Hepburn (que na época era casada com Ferrrer) como Rima, uma menina da selva que se apaixona por um viajante, interpretado por Anthony Perkins. Também aparecem no filme Lee J. Cobb, Sessue Hayakawa e Henry Silva. A trilha sonora é de Heitor Villa-Lobos e Bronislaw Kaper.

THE NUN’S STORY | 1959THE NUN'S STORY

Sinopse:
O filme se inicia em 1930, quando a jovem Gabrielle, filha de um famoso cirurgião, entra para o convento de Bruges na Bélgica. Ela quer trabalhar como freira-enfermeira no Congo Belga, mas a dificuldade em aceitar a rígida rotina da vida religiosa a leva a ter esse desejo atendido adiado, tendo que passar antes por três anos na enfermagem em um hospital psiquiátrico. Finalmente, consegue ir para a África onde vai trabalhar com o competente Doutor Fortunati.

THE UNFORGIVEN | 1960THE UNFORGIVEN

Sinopse:
Rachel Zachary (Audrey Hepburn) mora com sua mãe e irmãos adotivos num rancho no Texas. Vivem preocupados com os ataques dos índios kiowa, que mataram o pai da família. Além disso, um caçador desequilibrado que aparece e ronda a região, espalha o boato de que Rachel era uma criança índia que foi acolhida pelo falecido Zachary. Ao saberem disso, os índios querem que ela volte para a tribo e a negativa da família os coloca em pé-de-guerra contra eles. Os índios cercam o rancho e a família tem que se defender sozinha, pois os outros brancos são contra a presença de Rachel na comunidade.

Um dos irmãos Zachary que fugira de casa ao saber que sua irmã podia ter sangue indígena, volta para ajudar a combater os índios, quando o conflito é deflagrado.

BREAKFAST AT TIFFANY’S (BONEQUINHA DE LUXO) | 1961BREAKFAST AT TIFFANY'S

Sinopse:
Holly Golightly (Audrey Hepburn) é uma garota de programa nova-iorquina que está decidida a casar-se com um milionário. Perdida entre a inocência, ambição e futilidade, ela toma seus cafés da manhã em frente à famosa joalheria Tiffany`s, na intenção de fugir dos problemas. Seus planos mudam quando conhece Paul Varjak (George Peppard), um jovem escritor bancado pela amante que se torna seu vizinho, com quem se envolve. Apesar do interesse em Paul, Holly reluta em se entregar a um amor que contraria seus objetivos de tornar-se rica.

THE CHILDREN’S HOUR | 1961THE CHILDREN'S HOUR

Sinopse:
Escola particular somente para garotas sofre um encândalo quando uma jovem maldosa e vingativa, Mary Tilford, acusa duas outras colegas de manter relacionamento homossexual. O próprio William Wyler assina essa refilmagem da produção dirigida por ele em 1936.

CHARADE | 1963CHARADE

Sinopse:
O marido de Regina (Audrey Hepburn) é misteriosamente assassinado durante uma viagem de trem, e seu dinheiro some sem nenhuma pista. Um grupo de soldados da Segunda Guerra, que atuou com o homem morto, está atrás dela por assumirem que ela de fato sabe onde está o dinheiro. Enquanto isso, Regina é ajudada por Peter (Cary Grant), que pode ou não também ter interesses financeiros em relação a ela.

PARIS WHEN IT SIZZLES | 1964PARIS WHEN IT SIZZLES

Sinopse:
Richard Benson é um escritor criativo, mas sem muita disposição para o trabalho, que prefere ficar bebendo e se divertindo em vez de escrever o roteiro contratado por Alexander Meyerheim, um produtor de Hollywood, que gostara do título da história prometida por ele: “A Moça que Roubou a Torre Eiffel. Como precisa entregar o trabalho, Richard contrata Gabrielle Simpson, uma secretária temporária, para que ela o ajude a realizá-lo.

MY FAIR LADY | 1964MY FAIR LADY

Sinopse:
My Fair Lady conta a história de Eliza Doolittle, uma mendiga que vende flores pelas ruas escuras de Londres em busca de uns trocados. Em uma dessas rotineiras noites, Eliza conhece um culto professor de fonética Henry Higgins e sua incrível capacidade de descobrir muito sobre as pessoas apenas através de seus sotaques. Quando ouve o horrível sotaque de Eliza, aposta com o amigo Hugh Pickering, que é capaz de transformar uma simples vendedora de flores numa dama da alta sociedade, num espaço de seis meses.

HOW TO STEAL A MILLION | 1966HOW TO STEAL A MILLION

Sinopse:
Nicole Bonnet (Audrey Hepburn) é a filha de um falsificador de obras de arte que pede a ajuda de Simon Dermott (Peter O’Toole), um desconhecido que recentemente invadiu sua casa, para roubar uma estátua. O pedido é feito porque seu pai, Charles Bonnet (Hugh Griffith), emprestou para um museu a estátua e sem ler um documento, autorizou exames que provem a autenticidade da obra. Quando os testes forem feitos ficará claro que a obra é falsa, assim todos os quadros que Charles vendeu serão testados de todas as formas e será comprovado que ele é um falsificador. Mas Nicole nem imagina quem a está ajudando em um roubo quase impossível de ser realizado.

TWO FOR THE ROAD | 1967TWO FOR THE ROAD

Sinopse:
Zack e Cody recebem a oportunidade de participar do prestigiado Projeto Gemini, um centro de pesquisa que estuda o dinamismo entre gêmeos. Quando eles se dão por conta, percebem estar conectados de uma forma nunca antes vista: quando um sente qualquer sensação, ou pensa em algo, o outro passará pelo mesmo. Ao mesmo tempo que este novo poder ajuda os meninos a se auto-descobrirem, ele também os coloca em um grande perigo.

WAIT UNTIL DARK | 1967WAIT UNTIL DARK

Sinopse:
Uma mulher que ficou cega recentemente é aterrorizada por um trio de bandidos quando estes procuram por drogas dentro de uma boneca que acreditam estar no apartamento dela.

ROBIN AND MARIAN | 1976ROBIN AND MARIAN

Sinopse:
Robin (Sean Connery) ficou conhecido por sua luta em defesa dos pobres. Após a morte do rei Richard (Richard Harris), morto por acidente, um novo rei assume: John (Ian Holm), o louco. Ele ordena que a população seja retirada de suas terras, atiçando a ira de Robin, que irá novamente defende-la. Antes, Robin retira Marian (Audrey Hepburn) do convento onde ela estivera oculta durante vários anos, e a paixão entre os dois recomeça. Começa o combate final.

Curiosidades – Primeiro filme de Audrey após nove anos afastada das telas.

BLOODLINE | 1979BLOODLINE

Sinopse:
Após seu pai ser assassinado, sua filha Elizabeth (Audrey Hepburn) assume o controle da empresa e enquanto viaja. A suspeita recai sobre seus primos, que querem vender a empresae ter enorme lucro.

Curiosidades – Baseado no romance “A Herdeira”, de Sidney Sheldon.

THEY ALL LAUGHED | 1981gazzara-hepburn-they-all-laughed

Sinopse:
Um detetive particular é incumbido de investigar uma mulher suspeita de infidelidade, mas acaba envolvido com ela.

ALWAYS | 1989ALWAYS

Sinopse:
Após morrer durante seu trabalho como aviador, Peter Sandich (Richard Dreyfuss) vai parar no paraíso e conhece um anjo (Audrey Hepburn). Ela o incentiva a retornar e ajudar a mulher que ama a recomeçar a vida.
Curiosidades – Última participação de Audrey Hepburn em filmes.

 

Créditos: http://audreyhepburn-official.blogspot.com.br/p/filmografia.html

Otávio Luis, 04 de maio de 2014.

Audrey Hepburn: A lenda feminina do cinema – (Uma pequena biografia)

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Já declarei tantas vezes meu amor incondicional por Lady Hepburn. Atriz carismática, linda, romântica e engraçada, encantou o mundo do cinema com suas atuações.

Nascida como Audrey Kathleen Ruston, em 04 de maio de 1929 em Bruxelas na Bélgica, Audrey completaria 85 anos hoje. Radicada na Inglaterra e Países Baixos, foi eleita a atriz de Hollywood mais bonita da história. Além de atriz, era modelo, dançarina e humanista. Foi a quinta artista, e a terceira mulher, a conseguir ganhar as quatro principais premiações do entretenimento norte-americano, o EGOT – acrônimo de Emmy, Grammy, Oscar e Tony. Em fevereiro de 1960, ganhou uma estrela na Calçada da fama de Hollywood, em homenagem a sua dedicação e contribuição ao cinema mundial. Audrey-with-Oscar

É difícil acreditar como uma grande lenda do cinema romântico tivesse uma vida cheia de carências afetivas.

Era a única filha de Joseph Anthony Ruston, banqueiro britânico irlândes, e Ella van Heemstra, baronesa holandesa descendente de reis ingleses e franceses. Seu pai anexou o nome Hepburn ao de sua família e, assim, Audrey passou a se chamar Audrey Hepburn Ruston.

Tinha dois meio-irmãos chamado Alexander e Ian Quarles van Ufford, fruto do primeiro casamento de sua mãe com um nobre holândes.

Os pais de Audrey se divorciaram quando ela tinha 9 anos e para mantê-la afastada das brigas familiares, sua mãe enviou-a para a Inglaterra, onde ela se apaixonou pela dança, aprendendo balé.

Porém, em 1939, estouraria a 2ª Guerra Mundial e a Inglaterra declararia guerra á Alemanha. Sua mãe, preocupada, decide levá-la para a Holanda, país neutro que, ela imaginava, não seria invadida pelos alemães. Audrey queria permanecer na Inglaterra, mais apesar dos protestos sua mãe temia que Londres fosse bombardeada. Além disso, as viagens estavam escassas e a baronesa temia ficar sem ver a filha.

A situação na Holanda não foi bem diferente a planejada. Com a invasão alemã, todos sofreram muitas privações e Audrey, algumas vezes, teve que comer folhas de tulipa para sobreviver. Muitos de seus parentes, envolvidos com a Resistência, seriam mortos na sua frente.Ela participaria de espetáculos clandestinos de balé para angariar fundos e levaria mensagens secretas em suas sapatilhas. Anos mais tarde seria convidada para representar o papel de Anne Frank no cinema, onde recusaria.
Com o fim da Guerra, Audrey e sua mãe mudariam-se para a Inglaterra, onde Audrey ingressou na prestigiada escola de dança Marie Lambert. Porém uma de suas professoras, seria categórica ao afirmar que ela era alta demais e não tinha talento suficiente para tornar-se uma bailarina prima. Desiludida, passou a trabalhar como corista e modelo fotográfica para garantir o sustento da família e diante disso, decidiu investir em outra área: a atuação. Sua estreia foi no documentário Dutch in Seven Lessons, seguido por uma série de pequenos filmes.

479952_440110059406646_363870714_nEm 1952, viajou para a França para a gravação de Montercarlo Baby, e foi vista no saguão do hotel em que estava hospedada com o elenco pela escritora Collette. Naquele momento, Collette trabalhava com a montagem para a Broadway da peça Gigi, cujo papel-título ainda não tinha intérprete. Encantada com Audrey, decidiu que ela seria a sua Gigi. As críticas para Gigi não foram todas favoráveis, mas era a opinião geral que aquela desconhecida, que interpretava o papel principal, era destinada ao sucesso.

Pouco tempo após o encontro com Collette, Audrey participou de uma audição para o filme “A Princesa” e “O Plebeu”.
Encantado com a atriz, o diretor William Wyler escalou-a para viver a Princesa Ann, dividindo a cena com Gregory Peck, que também surpreendeu-se com o talento da companheira. O sucesso da produção foi também o de Audrey e Hollywood amou-a imediatamente e a agraciou com o Oscar de Melhor Atriz. Três dias após a cerimônia do Oscar, recebeu o Tony por sua atuação em “Ondine”.

A esquerda, Audrey em "Ondine", e a direita cena de "A Princesa e o Plebeu".

A esquerda, Audrey em “Ondine”, e a direita cena de “A Princesa e o Plebeu”.

A peça fora uma sugestão de Mel Ferrer, por quem se apaixonaria durante a temporada na Broadway. Os dois foram apresentados por Gregory Peck em uma festa em 1954 e se casaram em setembro daquele ano. Audrey também faria Sabrina, que rendeu-lhe a segunda indicação ao Oscar. O filho de Audrey e Mel, Sean, nasceria em 1960. Mas as coisas não foram fáceis até aquele momento, Audrey sofreu diversos abortos.

Audrey Hepburn e Mel Ferrer (26 de setembro de 1954).

Audrey Hepburn e Mel Ferrer (26 de setembro de 1954).

A atriz queria mais do que tudo ser mãe, e as gravidezes falhadas deixaram-na extremamente deprimida. Para animar a esposa, Mel sugeria que ela trabalhasse. Eles gravaram juntos “Guerra e Paz”, e ela estrelaria três comédias-românticas (Cinderela em Paris, Amor na Tarde e A Flor que não morreu), um drama (Uma cruz a beira do abismo, que rendeu-lhe a terceira indicação ao Oscar e afastou qualquer dúvida sobre seu talento) e um faroeste (O passado não perdoa).
Após um ano e meio de licença-maternidade, voltou a Hollywood para estrelar “Bonequinha de Luxo”, em um papel que a transformaria em um ícone e pelo qual seria lembrada para sempre. Por viver a prostituta de luxo Holly Golightly ela receberia sua quarta indicação ao Oscar.

Pouco tempo depois filmou Infâmia, Charada e Quando Paris Alucina. Em 1963, recebeu o papel principal do musical “My Fair Lady”, o da vendedora de flores Eliza Doolittle. Entretanto, a voz de Audrey não foi utilizada durante as canções, sendo dublada. Isso deixou a atriz extremamente aborrecida e fez com que abandonasse as gravações por um dia. Audrey não foi indicada ao Oscar por esse papel – fato que até hoje é considerado uma injustiça – devido à dublagem e também pela não-escolha de Julie Andrews (que interpretara Eliza na Broadway) para o papel. Andrews ganharia o Oscar daquele ano por seu papel em “Mary Poppins”.

Cena de "Bonequinha de Luxo".

Cena de “Bonequinha de Luxo”.

Em seguida gravaria “Como roubar um milhão de dólares”, “Um caminho a dois” e “Um clarão nas trevas”, este último dirigido por seu esposo em uma falha tentativa de salvar seu casamento. Em pouco tempo, Ferrer foi tomado de ciúmes pelo sucesso de sua esposa e o divórcio chegaria em 1968, pouco após seu último êxito, “Um Clarão nas Trevas”, produzido por Ferrer.

“Não posso explicar a desilusão que senti. Sabia que era difícil estar casado com uma estrela mundial. Mel sofreu muito. Mas, acredite, eu pus minha carreira em segundo lugar”, disse a atriz na época.

Ela, então, decidiu parar de atuar e se casaria novamente apenas seis semanas após o divórcio, com o psiquiatra italiano Andrea Dotti, que conheceu em um iate.

Audrey deu à luz o seu segundo filho, Luca Dotti, em 1970. O casal morou por um ano em Roma, para em seguida a atriz ir viver na Suíça com os dois filhos. Decidiria voltar a atuar em 1976, estrelando “Robin e Marian”. Três anos mais tarde retornaria à cena em “A herdeira”.

Pediu o divórcio em 1980 e o processo se formalizou em 1982. Neste período, gravou “Muito riso e muito alegria”, e no fim das filmagens conheceu Robert Wolders. Tornaram-se grandes amigos e viveram juntos até a morte de Audrey.

Em 1987 deu início ao seu mais importante trabalho: o de” Embaixatriz da UNICEF”.
Audrey, tendo sido vítima da guerra, sentiu-se em débito com a organização, pois foi o “United Nations Relief and Rehabitation Administration” (que deu origem à UNICEF) que chegou com comida e suprimentos após o término da Segunda Guerra Mundial, salvando sua vida. Ela passaria o ano de 1988 viajando, viagens estas que foram facilitadas por seu domínio de línguas (Audrey falava fluentemente francês, italiano, inglês, neerlandês e espanhol).

Audrey brinca com um grupo de crianças em Bangadlesh, 18 á 24 de outubro de 1989.

Audrey brinca com um grupo de crianças em Bangadlesh, 18 á 24 de outubro de 1989.

“Tive momentos muito difíceis em minha vida. Mas fossem quais fossem, os superei e sempre encontrei uma recompensa no final”, comentou a atriz.

Em 1989 faria uma participação especial como um anjo em “Além da eternidade”, onde este seria seu último filme. Audrey passaria seus últimos anos em incansáveis missões pela Unicef, visitando países, dando palestras e promovendo concertos com causas.

Em 1993 foi diagnosticada com câncer de apêndice, que espalhou-se para o cólon. No ano de 2000 foi lançado o filme “The Audrey Hepburn Story”, uma homenagem a Audrey que gerou críticas da mídia e de fãs, devido à escolha de Jennifer Love Hewitt para o papel principal.

Audrey Hepburn morreu às 19:00 horas do dia 20/01/1993 com 63 anos de idade, na cidade de Tolochenaz, Suiça, devido à complicações geradas por câncer de apêndice.

O Fashion Quote, por ser um blog de história da moda, faz essa homenagem a essa atriz tão fenomenal, que fez parte da história da moda dos anos 1950 em diante, e indica seus trabalhos a seus leitores. Assistam e se encantem com seu trabalho. Acima, no próximo post, você confere o trailer dos principais filmes de Audrey.

Espero que tenham gostado. Até a próxima.

Otávio Luis, 04 de maio de 2014.

Pesquisa de Consumidor – Alfaiataria Masculina

Montagem

Oi gente. Sei que o blog ficou bem abandonado e as reformulações não foram concretizadas. Confesso, falta de tempo.

Mais o blog continua, com suas atualizações esporádicas, sei disso, porém com a mesma finalidade, informar sobre História da Moda. E volto a reformular, não só de estilo vive a moda, mais de toda a sua história e conceito.

Fora isso, gostaria muito da ajuda de vocês. Estamos em um projeto para uma marca futura de Alfaiataria Masculina, a preços muito acessíveis. Mais para que ela se concretize, precisamos da ajuda de vocês.
Por isso, deixo abaixo o link do formulário, que não leva nem 3 minutos para responder. Fico muito agradecido da ajuda de vocês. Espero contar com suas opiniões.

https://docs.google.com/forms/d/1VtoxNvCzYuhP7KIVlHX_1sIdUc0Xw7qq7Yewu17ZIPU/viewform

Até breve queridos!

 

Otávio Luis, 03 de maio de 2014.

Não só de estilistas vive a Moda.

Seguindo ao final do artigo sobre a Sorelle Fontana, Micol Fontana foi questionada se tinha algum conselho a deixar para os jovens criadores brasileiros:

“Sim, estudar a cultura da moda, como nos seminários que temos aqui na Fondazione. Nosso estilo é feito de elegância, classe e rigor no acabamento. Seria interessante juntar essa técnica à criatividade e às tradições brasileiras. Acredito nas pequenas cooperativas, onde costurar artesanalmente pode ser tanto arte como fonte de renda”.

Esse recado reforça bem o significado deste blog. Como diria um velho ditado: “Não só de pão vive o homem…”. E não só de estilo vive a moda, mas de toda a sua história.

E ainda mais: NÃO SÓ DE ESTILISTAS VIVE A MODA.

Inclusive, estava vendo uma entrevista da Marília Gabriela com Alexandre Hercovitch, no canal GNT, neste último domingo, 13 de outubro, onde Marília questiona sobre o envolvimento de Alexandre no SENAC, como coordenador de curso.

Alexandre responde que se envolveu no SENAC, para entender o universo de novos talentos brasileiros. E também lutar para que esses jovens entendam que a moda não é só feita de estilistas. No universo das passarelas e coleções existem muitas pessoas por trás de tudo. Desde a produção de tecidos, corantes e matéria prima, à acessoria de imprensa.
Alexandre deixa seu questionamento de que a moda tem muitos campos a serem preenchidos, além da confecção de roupas. E inclusive complementa que esse mercado está saturado.

Além disso, há a falta de costureiras (os), pois estas(es), são de gerações passadas e estão se aposentando. Os jovens não querem ter em sua carteira de trabalho a profissão de costureira, e que isso é um terrível preconceito.
Pra quem está inserido no universo da moda, entende bem essa discussão. Também entende que a moda no Brasil está crescendo, e que precisamos de profissionais qualificados e abertos a mudanças constantes.

Deixo aqui meu complemento, de que assim como muitos profissionais da moda, Micol Fontana foi uma inspiração para mim. Apesar de todo o sofrimento em que passou em sua vida, desde à guerra até a perda de sua filha, ela conquistou seu espaço com seu talento brilhante.

O talento é o que nos move, e o complemento disso é o nosso conhecimento. Invista no seu conhecimento, e se abra a novas mudanças, para que o seu talento floreça ainda mais.

Até a próxima. 😉

Otávio Luis, 20 de outubro de 2013.

Nina Pandolfo e suas meninas

Nina Pandolfo

Nina Pandolfo

Nina nasceu no interior de São Paulo e é a filha mais nova de um total de cinco garotas. Dessa época, traduz em seu trabalho as lembranças do quintal de sua casa e do convivío com as irmãs – o que ajuda a explicar a constância de figuras femininas em seus desenhos.

Com traços suaves e de personalidade, ela se consagrou como um dos nomes femininos mais fortes da arte contemporânea brasileira, mercado que está extremamente aquecido. Suas obras podem ser apreciadas tanto nas ruas do Cambuci quanto em galerias pelo mundo.

Discretamente, prefere não se declarar como grafiteira ou artista plástica, não busca rótulos nem nomenclaturas. Para o futuro, quer transpor seus desenhos em novas mídias, buscando sempre diferentes formas para expressar suas ideias – possíveis novos ambientes para suas meninas, gatos e vagalumes.

Sua última exposição, Serendipidade, ocupou, até 11 de outubro, a Galeria Leme no Butantã em São Paulo.

São meninas coloridas de olhos grandes e expressivos, às vezes cercadas de bichos, flores e arvóres.
Agora, as meninas de Nina, estão cada vez mais estilizadas, e evocam, por vezes, o surrealismo pop do norte-americano Mark Ryden, famoso por pintar garotas em cenários ao mesmo tempo fofos e perturbadores.

Em partes, também inspirada pelo trabalho do escultor australiano Ron Mueck, famoso por brincar com a escala em suas obras hiperrealistas, Nina criou suas próprias obras gigantes como um ninho de joão-de-barro onde o visitante podia entrar e encontrar surpresas. Também uma caixa de música de DJs e um gato de pelúcia de três metros de comprimento que ronronava ao receber carinho.

A idéia era transmitir a tridimensionalidade que Nina tem em mente durante a criação.

“Eu penso nos meus desenhos em 3D, em movimento, no cheiro que eles têm”.

Serendipidade, nome da mostra, tem origem num conto persa cujos protagonistas “davam em coisas sem ter procurado por elas”, segundo o dicionário “Houaiss”.

“Essa palavra tem a ver com meu trabalho e meu momento de vida. Várias das obras expostas foram criadas ao acaso”, diz Nina.

Abaixo uma breve galeria das fotos da exposição.

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Otávio Luis, 20 de outubro de 2013.

A Princesa e o Plebeu (Roman Holiday), com Audrey Hepburn

A Princesa e o Plebeu (Roman Holiday), com Audrey Hepburn

Cena do filme "A Princesa e o Plebeu (Roman Holiday)"

Cena do filme “A Princesa e o Plebeu (Roman Holiday)”

Filmes antigos nos parecem estranhos, já que vivemos num mundo moderno, cheios de tecnologia e aparelhos eletrônicos.
Assisti-los nos transporta pra uma história tão distante mas tão próxima ao mesmo tempo. Sem muitas tecnologias, sem celulares, computadores e televisões de LED, viviam de uma maneira tão pura e diferente.

As paixões eram avassaladoras, algumas escondidas da sociedade tão conservadora, mas mesmo assim eram puras. Os filmes antigos nos mostram isso, nos passam uma outra realidade, tão perdida mas que possa ser resgatada.

Mais do que uma atriz vanguardista, Audrey Hepburn – ouso dizer – é divina.

Ela nos transporta para uma outra realidade, uma pessoa tão pura e ingênua, cheia de amor e simplicidade. Usa seus colares magníficos de brilhante e pérolas, mais nos mostra uma alma tão sensível e humilde. Mais do que assistir seus filmes, é tentar captar sua idéia.

Bonequinha de Luxo, Cinderela em Paris, A Princesa e o Plebeu, são os filmes a qual assisti até agora dessa atriz tão genial. E todos eles eu pude captar sua simplicidade tão pura e bonita.

Talvez em a Princesa e o Plebeu, ela possa ter tido e pensado: Poxa, podemos ser políticos, da realeza, artistas famosos, mas somos pessoas normais. E as pessoas normais é que nos dão esses títulos.

E se constata isso ao decorrer de suas aventuras em Roma. Além de tudo, seu companheiro de aventura, tentando tirar vantagem de sua situação, acaba percebendo que ela é mais do que seu título, ela é uma pessoa.

Cena do filme "A Princesa e o Plebeu (Roman Holiday)"

Cena do filme “A Princesa e o Plebeu (Roman Holiday)”

Mais uma vez digo, sou fã dessas mulheres tão puras e expoentes que passam mais do a imagem de rostos bonitos e mulheres gostosas. Não que também não seja fã de homens importantes da nossa história. Mas sabemos que muitos deles foram machistas e conservadores, uma realidade que ainda hoje permanece, mas é mascarada.

Também passo minha mensagem: Vamos nos libertar dessas amarras da tecnologia, da violência e de tantos problemas e ser pessoas mais puras, românticas de uma maneira diferente, políticas com realidade e liberdade, e sendo pessoas que inspirem o próximo e o faça também ser melhor.

E vamos amar nossa história e assistir filmes clássicos. Rs.

Otávio Luis, 20 de outubro de 2013.

Sorelle Fontana, o “made in Italy”

Traversetolo (Parma) - Giovanna (1915-2004), Micol (1913 – vivente), Zoe (1911-1978)

Traversetolo (Parma) – Giovanna (1915-2004), Micol (1913 – vivente), Zoe (1911-1978)

Hoje decidimos falar sobre três senhoras italianas, as irmãs “Fontana” Zoe, Giovanna e Micol.
Micol Fontana, última das três irmãs ainda viva, garante: “Nós inventamos o made in italy”.

A história conta que Zoe, a irmã mais velha, fez as malas aos 20 anos e decidiu sair de Traversetolo, em Parma na Itália, para tentar a vida em uma cidade grande. Pegou um trem ao acaso, deixando que a sorte guiasse seu caminho.

“Em Milão, se fazia dinheiro; em Roma poesia”, relembra Micol.

O trem e que Zoe embarcou, levava à Roma, cidade não somente da poesia, mas da aristocracia italiana.
Antés, porém, de tudo começar, Zoe, Micol e Giovanna circularam pelos melhores ateliês de Milão e Paris, durantes 30 anos. Nesse período, elas estudaram e trabalharam entre as sartorias de Nicola Zecca, Aurora Battilochi e a prestigiosa maison de Coco Chanel, um bom começo para quem não tinha outra opção, na cidade natal.

Somente em 1943 que as Fontana se encontraram em Roma para montar um ateliê, que posteriormente vestiram princesas e estrelas de Holywood. Não somente o mundo estava em guerra, a 2ª guerra mundial, mas a guerra partia dali mesmo, com Benito Mussolini aliado à Alemanha nazista de Hitler. As três irmãs costumavam trocar barras de calça por comida, e a pouca comida por tecido, no mercado negro, para continuar costurando. Ou faziam isso, ou procuravam tecido numa loja de lustres, onde o proprietário armazenava toda a sorte de mercadoria, devido à escassez da guerra.

“Enfrentamos duas guerras, tendo meu pai como militar, durante a primeira. Minha mãe esperava que os uniformes de papai ficassem velhos, para depois cortar e costurar roupas para nós.”

Em 1935, Mussolini criou um conselho de moda para garantir um vestuário 100% nacional, restringindo a moda que chegava da França e da Inglaterra. As revistas femininas foram proibidas de publicar fotos de modelos magras, já que o ideal fascista era o de uma mulher “saudável e capaz de gerar filhos”. Após “constatar cientificamente” que o esporte fazia mal ao corpo da mulher, o médico e senador fascista Nicola Pende estabeleceu que as medidas justas para as manequins de moda deveriam ser entre 1,56 m e 1,60 m de altura, para 55 kg e 60 kg de peso (compara-se a Gisele Bundchen de 1,79m e 54 kg).

As casas de moda recebiam frequentes visitas da polícia para garantir que a matéria-prima e os desenhos utilizados fossem italianos. Caso contrário, as multas eram altas. Apesar das pressões do regime, os criados preferiam comprar figurinos em Paris e imitar os franceses Jean Patou e Chanel. Nas sartorias, os desenhos eram mantidos bem escondidos do controle policial. O regime chegou ao cúmulo de organizar um dicionário italiano para a moda, em que os estrangeirismos foram substituídos por termos italianizados. Assim, nada de “tailleur”, “smoking” ou “ziper”, modificados para “completo a giarca, “giacchetta da sera” e “cerniera a lampo”, respectivamente.

Mas quando o facismo mergulhou o país e na fome, foi o talento que prevaleceu, e não o regime. A falta de matéria-prima levou Salvatore Ferragamo, por exemplo, a improvisar materiais, criando sapatos de crochê, de celofane, tamancos de cortiça para Carmem Miranda e centenas de modelos para atrizes como Greta Garbo e Marilyn Monroe.

Conta Micol:

“Nossa primeira relações púbicas foi a zeladora do prédio onde, no começo, dividíamos um cômodo mobiliado. Ela fazia a propaganda na vizinhança, dizia que éramos boas moças e que costurávamos bem”

Com o fim da guerra, a primeira cliente importante foi Gioia Marconi, filha do inventor do rádio, com o pedido de um vestido de noive. Satisfeitíssima, Gioia ajudou a atrair as princesas das famílias Colonna, Torlonia, Borghese e da casa Savóia, da monarquia recém-destronada. Mas a verdadeira garota-propaganda da casa Fontana, foi a atriz americana Linda Christian.

Em 1949, seu vestido de noive para o casamento com o galã Tyrone Power provocou a corrida dos paparazzi a seu casamento, em Roma, e das estrelas de Holywood, de filhas de chefes de Estado e princesas árabes ao ateliê das irmãs.

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Audrey Hepburn prova seu vestido de noiva, a qual nem chegou a usar. Doou o vestido para que uma moça sem recursos pudesse usar. Micol Fontana decidiu então fazer um concurso para doar o vestido.

Ainda hoje encontramos Micol Fontana com seus 97 anos, no endereço Via Sebastianello, 6, na charmosa Piazza di Spagna, Roma.

No primeiro andar desse endereço, onde funcionou a sartoria das irmãs Fontana, é como voltar aos anos dourados das divas de cinema e do jet set internacional. O local é repleto com modelos feitos para Audrey Hepburn, Ava Gardner e Elisabeth Taylor, citando apenas algumas das personalidades que vestiram as criações da mais antiga casa de moda de Roma.

Hoje, no local, funciona a “Fundazione Micol Fontana”, que nasceu em 1994 para cuidar do patrimônio histórico e cultural das irmãs Zoe, Giovanna e Micol. A entidade mantém 300 modelos, mais de 2 mil figurinos, jornais, fotografias e acessórios, além de realizar seminários para estudantes e interessados em moda. Uma volta pelo antigo ateliê faz o visitante caminhar entre modelos usados por Anita Ekberg, Grace de Mônaco e Audrey Hepburn – e lá estão vestidos, fotos e figurinos para comprovar. Uma coleção de bonecas mostra os famosos vestidos em miniatura.

Vestidos expostos na Fundazionne.

Vestidos expostos na Fundazionne.

Micol considera:

“Não gosto que me chamem de estilista, não entendo o que esse termo quer dizer. Prefiro ser chamada de costureira, como três gerações antes de mim. Nas veias de nossa família não corre sangue, correm alfinetes”, brinca.

Ainda comenta sobre a elegância dos italianos na hora de se vestir:

“Está no nosso sangue, como a música está no sangue dos brasileiros. É natural, quando se vive circundado de obras de arte, pela luz de Florença e peloas cores de Roma. Nascemos sob a estrela do belo”.

A fama das Fontana recebeu a devida atenção da tevê estatal Rai, que fez uma minissérie sobre Micol e suas irmãs. A minissérie é exibida pelo canal fechado brasileiro GNT.

Micol Fontana, com seus 97 anos, em seu ateliê.

Micol Fontana, com seus 97 anos, em seu ateliê.

Micol Fontana ainda foi questionada se tinha algum conselho a deixar para os jovens criadores brasileiros:

“Sim, estudar a cultura da moda, como nos seminários que temos aqui na Fondazione. Nosso estilo é feito de elegância, classe e rigor no acabamento. Seria interessante juntar essa técnica à criatividade e às tradições brasileiras. Acredito nas pequenas cooperativas, onde costurar artesanalmente pode ser tanto arte como fonte de renda”.

Abaixo segue uma pequena amostra de vestidos famosos da Maison das Fontana.

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Otávio Luis, 20 de outubro de 2013.

Considerações

Oi galera, tudo certinho com vocês? Espero que sim, rs!

Como tenho dito, o blog não é tão somente sobre estilo, tanto que nenhum artigo sobre estilo ainda foi postado.

Estamos num projeto de ampliar o site levando o principal, que é a história e a origem da moda e das coisas da moda, e levando esse estilo ao que aplicamos nas roupas, acessórios e etc. na moda de hoje.

O blog também não segue uma sequência cronológica. Os artigos vão surgindo por vontade própria. O de hoje se aplica bem.

Estava assistindo ao canal GNT, e vi o seriado “Ateliê Fontana”. Resolvi procurar sobre e achei a história bem interessante, a qual decidi compartilhar com vocês. Essa é a idéia do blog.

Comentar sobre coisas legais de se conhecer, de acordo com que vão surgindo. Espero que aproveitem.

Otávio Luis, 20 de outubro.

“E saibam exatamente o que fazemos…” por David Bowie

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Terça, 28 de fevereiro, David Bowie lançou seu segundo single do álbum “The Next Day” que sairá no dia 11 de março.

Um casal vivido por Bowie e Tilda Swinton, feliz, é atormentado por celebridades, Andrej Pejic e Saskia de Brauw.

Dirigido por Floria Sigismond (que comandou o filme The Runaways – Garotas do Rock), retrata figuras andrógenas como monstros que abduzem e tentam possuir o pacato estilo de vida do casal. A história do clipe “captura o momento do século 21 de convergência de idade, gênero e divisão entre normais e celebridades”, diz a página do cantor no Facebook. O clipe, também, faz várias passagens por sua carreira ao longo do tempo.

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Bowie, aos 66 anos, reflete o efeito que ele e suas obras contribuem para a cultura que fica cada vez mais globalizada. Reconhece seu papel como influenciador direto e indireto do que é produzido no mercado hoje.

Confira o clipe clicando na imagem abaixo.

 

Otávio Luis, 06 de março de 2013.

Anna Karenina e uma passagem pela Moda

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Cópia original da obra.

“Todas as famílias felizes são iguais. As infelizes são cada uma à sua maneira.”

Esse começo tão reconhecido na literatura mundial proveniente da obra de Liev Tolstói, Anna Karenina, que foi publicado em 1873 e 1877 na Rússia.

O livro gira em torno do caso extra-conjugal de Anna, num tempo da aristocracia da Rússia Czarista onde no decorrer da obra são debatidos temas a respeito das melhores maneiras de gerir suas propriedades de terra e como tratar dos camponeses, chamados até então de mujiques (denominação que indicava o grau de pobreza; na maioria eram servos antes das reformas agrícolas de 1861).

Na trama Anna, apesar de ter tudo, como beleza, riqueza, popularidade e um filho amado, ainda sente-se vazia até encontrar o impetuoso oficial Conde Vronski.

Passagem: Acontecimentos e Modo de vestir do Século XIX – Considerações

A trama passa-se no final do século 19, século onde ocorreu a Revolução Industrial. Ouve uma mudança grande no mundo e na sociedade onde se estabelece papéis na sociedade em grande ritmo e o consumo se estabelece nas lojas, o que era diferente até então onde as roupas eram encomendadas e confeccionadas exclusivamente.

Os vestidos neste século ganham volumes e enfeites. O volume nos séculos passados e até então, eram conseguidos com vários tecidos abaixo da saia. Agora surge uma peça que seria obrigatória no vestiário chamada “CRINOLINA” (imagem da peça usada no filme abaixo). Uma peça de sustentação e que formava o volume na saia.

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Crinolina para o filme

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Cenas do filme

Os vestidos também deviam ser diferentes em ocasiões diferentes. Em eventos e festas particulares, os vestidos eram decotados em formato canoa e os ombros de fora. Nas ruas havia mais respeito e eles deveriam ser recatas, fechadas, bem rodados e com cintura marcada onde haveria um realce a feminilidade.

O filme é praticamente fiel ao contexto histórico com apenas algumas modificações no figurino como os vestidos de rua terem um decote em “V”.

No final do século a crinolina vai mudando de forma, ficando menos volumosa até chegar a ser uma “ANQUINHA(imagem ilustrativa abaixo) que nada mais era que uma evolução da crinolina formando apenas volume nos quadris e na parte de trás do vestido. O filme passa por essa fase rapidamente quase ao fim do filme.

Exemplo de como era a Anquinha e vestido com Anquinha.

Exemplo de como era a Anquinha e vestido com Anquinha.

Já os homens deviam usar fraques e cartolas obrigatórias (o fraque seria substituído pelos ternos depois). Tem-se uma preocupação com a aparência. O filme os retrata como elegantes e usando roupas militares, culturas da Rússia.

Aaron Johnson de militar e Jude Law de cartola.

Aaron Johnson de militar e Jude Law de cartola.

Figurino e Figurinista

A reportagem de Nathália Florencio, no site da revista Cláudia, comenta sobre as inspirações da figurista.

“[…]Embora a história de traição da jovem russa se passe no final do século XIX, a figurinista Jacqueline Durran teve como fonte de inspiração a moda dos anos 50, para dar um ar mais contemporâneo à personagem.  Pinturas da década de 1870 e peças da Dior, Balenciaga, Lanvin e Jacques Fath também serviram de referência para a criação do figurino, repleto de vestidos com corpetes e decotes assimétricos, além de saias compridas e volumosas. Joias Chanel também foram usadas para evidenciar o ambiente luxuoso em que Anna Karenina (Keira Knightley) vivia. Destaque para as pérolas, que aparecem em diferentes composições durante todo o filme.”

Keira Knightley tem a elegância e o charme que se precisa pra filmes de época. Não é o primeiro e nem o segundo filme de Keira, ela tem um vasto currículo para esse tipo de filme. Resgatar histórias antigas não é um negócio fácil, exige-se muito estudo e pesquisas. Não posso dizer que Keira procure pesquisar sobre seus personagens, mais posso dizer que ela encarna suas personagens com seu ar delicado.

Talvez o escritor, Liev Tolstói, tenha escrito seu livro para que caísse em mãos de mulheres desta sociedade, reforçando as ideias daquele tempo. Talvez reforçasse o que poderia acontecer a elas se tentassem serem livres, por assim dizendo. Por tentarem viver um romance fora do casamento, que pudesse dar certo ou não.

Confesso que sou apaixonado por essas histórias. Vale a pena ver o filme, ganhador de 1 Oscar de Melhor Figurino. É lindo de ser. Espero que tenham gostado!!! 😉

Otávio Luis, 04 de março de 2013