Audrey Hepburn: A lenda feminina do cinema – (Uma pequena biografia)

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Já declarei tantas vezes meu amor incondicional por Lady Hepburn. Atriz carismática, linda, romântica e engraçada, encantou o mundo do cinema com suas atuações.

Nascida como Audrey Kathleen Ruston, em 04 de maio de 1929 em Bruxelas na Bélgica, Audrey completaria 85 anos hoje. Radicada na Inglaterra e Países Baixos, foi eleita a atriz de Hollywood mais bonita da história. Além de atriz, era modelo, dançarina e humanista. Foi a quinta artista, e a terceira mulher, a conseguir ganhar as quatro principais premiações do entretenimento norte-americano, o EGOT – acrônimo de Emmy, Grammy, Oscar e Tony. Em fevereiro de 1960, ganhou uma estrela na Calçada da fama de Hollywood, em homenagem a sua dedicação e contribuição ao cinema mundial. Audrey-with-Oscar

É difícil acreditar como uma grande lenda do cinema romântico tivesse uma vida cheia de carências afetivas.

Era a única filha de Joseph Anthony Ruston, banqueiro britânico irlândes, e Ella van Heemstra, baronesa holandesa descendente de reis ingleses e franceses. Seu pai anexou o nome Hepburn ao de sua família e, assim, Audrey passou a se chamar Audrey Hepburn Ruston.

Tinha dois meio-irmãos chamado Alexander e Ian Quarles van Ufford, fruto do primeiro casamento de sua mãe com um nobre holândes.

Os pais de Audrey se divorciaram quando ela tinha 9 anos e para mantê-la afastada das brigas familiares, sua mãe enviou-a para a Inglaterra, onde ela se apaixonou pela dança, aprendendo balé.

Porém, em 1939, estouraria a 2ª Guerra Mundial e a Inglaterra declararia guerra á Alemanha. Sua mãe, preocupada, decide levá-la para a Holanda, país neutro que, ela imaginava, não seria invadida pelos alemães. Audrey queria permanecer na Inglaterra, mais apesar dos protestos sua mãe temia que Londres fosse bombardeada. Além disso, as viagens estavam escassas e a baronesa temia ficar sem ver a filha.

A situação na Holanda não foi bem diferente a planejada. Com a invasão alemã, todos sofreram muitas privações e Audrey, algumas vezes, teve que comer folhas de tulipa para sobreviver. Muitos de seus parentes, envolvidos com a Resistência, seriam mortos na sua frente.Ela participaria de espetáculos clandestinos de balé para angariar fundos e levaria mensagens secretas em suas sapatilhas. Anos mais tarde seria convidada para representar o papel de Anne Frank no cinema, onde recusaria.
Com o fim da Guerra, Audrey e sua mãe mudariam-se para a Inglaterra, onde Audrey ingressou na prestigiada escola de dança Marie Lambert. Porém uma de suas professoras, seria categórica ao afirmar que ela era alta demais e não tinha talento suficiente para tornar-se uma bailarina prima. Desiludida, passou a trabalhar como corista e modelo fotográfica para garantir o sustento da família e diante disso, decidiu investir em outra área: a atuação. Sua estreia foi no documentário Dutch in Seven Lessons, seguido por uma série de pequenos filmes.

479952_440110059406646_363870714_nEm 1952, viajou para a França para a gravação de Montercarlo Baby, e foi vista no saguão do hotel em que estava hospedada com o elenco pela escritora Collette. Naquele momento, Collette trabalhava com a montagem para a Broadway da peça Gigi, cujo papel-título ainda não tinha intérprete. Encantada com Audrey, decidiu que ela seria a sua Gigi. As críticas para Gigi não foram todas favoráveis, mas era a opinião geral que aquela desconhecida, que interpretava o papel principal, era destinada ao sucesso.

Pouco tempo após o encontro com Collette, Audrey participou de uma audição para o filme “A Princesa” e “O Plebeu”.
Encantado com a atriz, o diretor William Wyler escalou-a para viver a Princesa Ann, dividindo a cena com Gregory Peck, que também surpreendeu-se com o talento da companheira. O sucesso da produção foi também o de Audrey e Hollywood amou-a imediatamente e a agraciou com o Oscar de Melhor Atriz. Três dias após a cerimônia do Oscar, recebeu o Tony por sua atuação em “Ondine”.

A esquerda, Audrey em "Ondine", e a direita cena de "A Princesa e o Plebeu".

A esquerda, Audrey em “Ondine”, e a direita cena de “A Princesa e o Plebeu”.

A peça fora uma sugestão de Mel Ferrer, por quem se apaixonaria durante a temporada na Broadway. Os dois foram apresentados por Gregory Peck em uma festa em 1954 e se casaram em setembro daquele ano. Audrey também faria Sabrina, que rendeu-lhe a segunda indicação ao Oscar. O filho de Audrey e Mel, Sean, nasceria em 1960. Mas as coisas não foram fáceis até aquele momento, Audrey sofreu diversos abortos.

Audrey Hepburn e Mel Ferrer (26 de setembro de 1954).

Audrey Hepburn e Mel Ferrer (26 de setembro de 1954).

A atriz queria mais do que tudo ser mãe, e as gravidezes falhadas deixaram-na extremamente deprimida. Para animar a esposa, Mel sugeria que ela trabalhasse. Eles gravaram juntos “Guerra e Paz”, e ela estrelaria três comédias-românticas (Cinderela em Paris, Amor na Tarde e A Flor que não morreu), um drama (Uma cruz a beira do abismo, que rendeu-lhe a terceira indicação ao Oscar e afastou qualquer dúvida sobre seu talento) e um faroeste (O passado não perdoa).
Após um ano e meio de licença-maternidade, voltou a Hollywood para estrelar “Bonequinha de Luxo”, em um papel que a transformaria em um ícone e pelo qual seria lembrada para sempre. Por viver a prostituta de luxo Holly Golightly ela receberia sua quarta indicação ao Oscar.

Pouco tempo depois filmou Infâmia, Charada e Quando Paris Alucina. Em 1963, recebeu o papel principal do musical “My Fair Lady”, o da vendedora de flores Eliza Doolittle. Entretanto, a voz de Audrey não foi utilizada durante as canções, sendo dublada. Isso deixou a atriz extremamente aborrecida e fez com que abandonasse as gravações por um dia. Audrey não foi indicada ao Oscar por esse papel – fato que até hoje é considerado uma injustiça – devido à dublagem e também pela não-escolha de Julie Andrews (que interpretara Eliza na Broadway) para o papel. Andrews ganharia o Oscar daquele ano por seu papel em “Mary Poppins”.

Cena de "Bonequinha de Luxo".

Cena de “Bonequinha de Luxo”.

Em seguida gravaria “Como roubar um milhão de dólares”, “Um caminho a dois” e “Um clarão nas trevas”, este último dirigido por seu esposo em uma falha tentativa de salvar seu casamento. Em pouco tempo, Ferrer foi tomado de ciúmes pelo sucesso de sua esposa e o divórcio chegaria em 1968, pouco após seu último êxito, “Um Clarão nas Trevas”, produzido por Ferrer.

“Não posso explicar a desilusão que senti. Sabia que era difícil estar casado com uma estrela mundial. Mel sofreu muito. Mas, acredite, eu pus minha carreira em segundo lugar”, disse a atriz na época.

Ela, então, decidiu parar de atuar e se casaria novamente apenas seis semanas após o divórcio, com o psiquiatra italiano Andrea Dotti, que conheceu em um iate.

Audrey deu à luz o seu segundo filho, Luca Dotti, em 1970. O casal morou por um ano em Roma, para em seguida a atriz ir viver na Suíça com os dois filhos. Decidiria voltar a atuar em 1976, estrelando “Robin e Marian”. Três anos mais tarde retornaria à cena em “A herdeira”.

Pediu o divórcio em 1980 e o processo se formalizou em 1982. Neste período, gravou “Muito riso e muito alegria”, e no fim das filmagens conheceu Robert Wolders. Tornaram-se grandes amigos e viveram juntos até a morte de Audrey.

Em 1987 deu início ao seu mais importante trabalho: o de” Embaixatriz da UNICEF”.
Audrey, tendo sido vítima da guerra, sentiu-se em débito com a organização, pois foi o “United Nations Relief and Rehabitation Administration” (que deu origem à UNICEF) que chegou com comida e suprimentos após o término da Segunda Guerra Mundial, salvando sua vida. Ela passaria o ano de 1988 viajando, viagens estas que foram facilitadas por seu domínio de línguas (Audrey falava fluentemente francês, italiano, inglês, neerlandês e espanhol).

Audrey brinca com um grupo de crianças em Bangadlesh, 18 á 24 de outubro de 1989.

Audrey brinca com um grupo de crianças em Bangadlesh, 18 á 24 de outubro de 1989.

“Tive momentos muito difíceis em minha vida. Mas fossem quais fossem, os superei e sempre encontrei uma recompensa no final”, comentou a atriz.

Em 1989 faria uma participação especial como um anjo em “Além da eternidade”, onde este seria seu último filme. Audrey passaria seus últimos anos em incansáveis missões pela Unicef, visitando países, dando palestras e promovendo concertos com causas.

Em 1993 foi diagnosticada com câncer de apêndice, que espalhou-se para o cólon. No ano de 2000 foi lançado o filme “The Audrey Hepburn Story”, uma homenagem a Audrey que gerou críticas da mídia e de fãs, devido à escolha de Jennifer Love Hewitt para o papel principal.

Audrey Hepburn morreu às 19:00 horas do dia 20/01/1993 com 63 anos de idade, na cidade de Tolochenaz, Suiça, devido à complicações geradas por câncer de apêndice.

O Fashion Quote, por ser um blog de história da moda, faz essa homenagem a essa atriz tão fenomenal, que fez parte da história da moda dos anos 1950 em diante, e indica seus trabalhos a seus leitores. Assistam e se encantem com seu trabalho. Acima, no próximo post, você confere o trailer dos principais filmes de Audrey.

Espero que tenham gostado. Até a próxima.

Otávio Luis, 04 de maio de 2014.

As Mulheres dos Anos 50

O cinema foi de grande importância para a moda. Atores e atrizes eram copiados pelo público que se apaixonavam pelo seu modo de ser e vestir. E assim surgiam as figuras dos estilistas que antes só ficavam dentro de estúdios e saem para os ateliês e fábricas para produzirem a vestimenta em massa, o que antes não acontecia, pois as roupas eram únicas e produzidas exclusivamente para as pessoas.

Chego então as grandes atrizes dos anos 50 que transmitiam personalidade e glamour e que foram tão adoradas pelo seu público.

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Marilyn Monroe – Loira – ingenuidade + sensualidade.

Ganhou fama ao estrelar o filme “O Pecado Mora ao Lado” com Tom Ewell, onde retrata um homem casado que fica sozinho em sua casa enquanto sua mulher viaja para visitar seus parentes. Tom se depara com uma figura linda e angelical e se apaixona de imediato, além de produzir fantasias constantes com Marilyn e de sua esposa o descobrindo. Tudo fruto de sua imaginação.

Nesse filme Marilyn demonstra essa figura ingenua e sexy, o que não fugia muito de sua realidade. Lendo uma biografia não autorizada do autor J. Randy Taraborrelli, descubro em “A Vida Secreta de Marilyn Monroe” uma mulher extraordinária que em meio a sua beleza estonteante existe uma paranóica que usava grandes quantidades de remédio para fugir de vozes que ouvia constantemente. Casou-se por diversas vezes e nunca encontrou a estabilidade em seus relacionamentos. Uma grande figura com uma história tão triste. Particularmente sou grande fã de Monroe.

Rita Hayworth e Ava Gardner – Morena – Inventaram o estilo Pin-Up

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Os homens preferiam as loiras mais se casavam com as morenas. Rita Hayworth e Ava Gardner ficaram famosas na década de 1940, porém ditaram moda na década de 1950. Rita passou uma difícil mudança de dançarina de cabaré para atriz de cinema. Rita ganhou maior fama ao estrelar o filme “Gilda” no auge de sua beleza. No breve e marcante striptease onde apenas tira a luva ajudaram a alavancar as vendas de bilheteria. Casou-se 5 vezes e todos os seus casamentos acabaram em divórcio. Em campanha publicitária a seguinte frase era divulgada:

“Nunca houve uma mulher como Gilda!”

Logo Rita atribuía todos os seus insucessos no amor dizendo:

“”A maioria dos homens se apaixona por Gilda, mas acorda comigo”.

Ava Gardner considerada uma das mais belas mulheres do cinema ficou conhecida por sua exuberante e fotogênica images (2)beleza . Foi descoberta pelo chefe da MGM, Louis B. Mayer, que por acaso viu as fotos de Ava numa vitrine e sentiu que a beleza extremamente sensual lhe renderia sucessos nas telas. Porém ela não sabia nada de representação e ainda tinha sotaque sulista que os estúdios detestavam. Mayer queria muito que Ava se tornasse uma estrela e chamou profissionais de alto nível para lhe dar aulas de interpretação e uma especialista em dicção para que tirasse seu sotaque.

Seu talento ficou ainda mais conhecido no filme “O Barco das Ilusões”. Durantes as filmagens de “E Agora Brilha o Sol”, Ava resolveu enfrentar um touro que a atacara o que lhe acarretou em uma cicatriz no rosto esquerda. Apesar de ter feito cirurgia plástica, ela escondia a cicatriz com maquiagem. Ficou traumatizada. Era boêmia, adorava a vida noturna e beber. Foi casada com Frank Sinatra e Judy Garland.

Audrey Hepburn e Grace Kelly – Naturalidade +  jovialidade + ingênua chique

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Atrizes que estampavam a naturalidade e ingenuidade em seus jeitos de interpretarem. Foram importantes atrizes que consolidaram estilos e idéias. Audrey Hepburn ficou famosa ao estrelar “A Princesa e o Plebeu” que lhe rendeu o Oscar de Melhor Atriz em 1954. Três dias após a cerimônia do Oscar, recebeu o Tony por sua atuação na peça Ondine sugestão de Mel Ferrer por quem se apaixonaria. Em setembro daquele mesmo ano ela se casaria. A filha de Audrey e Mel nasceria em 1960. Depois de um ano e meio de licença-maternidade, volta a Hollywood para estrelar Bonequinha de Luxo, papel que a transformou em um ícone e é lembrada até os dias de hoje. Em todos os seus filmes, ela demonstra a ingenuidade em seus papéis que acabam em um final lindo e de amor. “Cinderela em Paris” foi um importante filme que estrelado em 1959, mostra que a sociedade não vai mais seguir os gêneros de seus pais, mas que os jovens vão criar identidades como os Teddy Boys, os Hippies, e etc. Audrey ficou identificada com a marca Givenchy, a qual produziu muitos de seus looks em filmes e a Tiffany, loja de jóias.

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Grace Kelly uma das mais premiadas atrizes, ganhadora do Oscar de Melhor Atriz em “Amar é Sofrer” , após se casar com o príncipe soberano de Mônaco tornou-se a mais linda das princesas, Princesa Grace de Mônaco. Grace após seu casamento com o príncipe, ficou impossibilitada de ser atriz, então dedicou seu tempo a trabalhos humanitários e foi uma filantropa em ajudar especialmente pessoas que desejavam seguir a carreira artística. Madrinha de várias organizações internacionais criadas por ela mesma, que ajudam crianças carentes.

Gosto bastante de comentar sobre essas grandes mulheres que revolucionaram o mundo. Além de terem sidos mulheres incrivelmente lindas. Em cada modo de ser, descobriam-se mulheres maravilhosas!

Otávio Luis, 30 de Janeiro de 2013